terça-feira, 26 de janeiro de 2010

RELIGIÃO, SEITAS E HERESIAS

                           INTRODUÇÃO:


O QUE É RELIGIÃO?

R: Culto Prestado a uma divindade; doutrina religiosa; dever sagrado; ordem religiosa; crença viva; consciência escrupulosa; escrúpulos; (Social.) um sistema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, interditas, e que unem em uma mesma comunidade moral, chamada Igreja, todos os que aderem a esse sistema.



O QUE É SEITA?

R: Doutrina ou sistema que se afasta da opinião geral; conjunto dos indivíduos que a seguem; comunidade fechada; de cunho (caráter) radical; facção; partido.



O QUE É HERESIA?

R: Doutrina contrária aos dogmas (ponto fundamental e indiscutível de uma doutrinas) da igreja; contra-senso; ato ou palavra ofensiva à religião, escolha, seleção, preferência...

(Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)

O PERIGO DAS SEITAS E HERESIAS

Gn 4:3-7 Compreender a origem e a natureza da religiosidade é básico para entendermos a extrema disseminação de seitas e ensinos falsos, não apenas em nossos dias mas em toda a história da humanidade. Este texto espelha de uma forma clara, a maneira pela qual o espírito de religiosidade começou a se manifestar entre os homens. A palavra "religião" vem do latim religio, que significa "religar". O conceito implícito nessa palavra é o de uma tentativa do homem de "religar-se" a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento "religioso" é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica. A religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o "medo do desconhecido", como muitos sustentaram no passado) é que originou na humanidade a busca religiosa. O texto que lemos caracteriza alguns aspectos essenciais do espírito de religiosidade. Caim ofertou do que lhe sobrava, enquanto Abel trouxe suas primícias (note as palavras "oferta" e "primícias", nos versículos 3 e 4). O espírito religioso sempre oferta do que sobra, seja dinheiro, tempo, esforço; Caim procurou aproximar-se de Deus por seus próprios meios, enquanto Abel, pelo meio determinado por Deus. Este é um dos principais motivos que levou o Senhor a rejeitar a oferta de Caim. Em Gn 3:21 vemos pela primeira vez nas Escrituras o surgimento de uma vítima sacrificial (se Adão e Eva foram vestidos por Deus com roupas de peles, um animal teve que ser morto!). Esta verdade é a mesma que aparece registrada em Hb 9:22. Em conexão com Gn 3:21, é importante lembrar que a palavra hebraica que significa "cobrir" tem o sentido do termo "propiciação", que é a palavra utilizada pelo Novo Testamento para definir a obra redentora de Jesus na cruz, veja Rm 3:24,25. Ora, o espírito de religiosidade sempre apresenta uma oferta que Deus não pediu, que é incapaz de resolver o verdadeiro problema que separa o homem de Deus: às vezes são "obras", outras vezes são "rituais", mas sempre são coisas que não podem tratar adequadamente o problema do pecado. Abel, pela fé, apresentou o Senhor Jesus (porque todo sacrifício de animais no Velho Testamento apontava profeticamente para Jesus). Já Caim, apresentou a si próprio: suas obras, seu trabalho, suas iniciativas! Caim apresentou, à recusa da sua oferta, a reação característica do espírito de religiosidade. Veja Gn 4:5b. É a reação característica do orgulho ferido. O espírito de religiosidade é sempre o espírito do farisaísmo, o qual é marcado por uma idéia elevada de si próprio, o que leva-o automaticamente a não cogitar jamais a possibilidade de ser recusado. Neste ponto, é diametralmente oposto ao espírito do cristão, o qual é marcado por um coração quebrantado. Vemos uma ilustração clara disso na parábola do fariseu e do publicano (veja Lc 18:9-14). Se a situação fosse inversa, e o publicano fosse rejeitado, ele simplesmente continuaria orando por misericórdia, porque era um homem de coração quebrantado; mas o fariseu jamais suportaria ser rejeitado, porque estava firmado nos seus "méritos"! Gn 4:7 Todas as religiões sempre têm sua base no que o homem pretende fazer ou ser, por si só, independente de quem quer que seja. A palavra de Deus para Caim foi "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?". Se bem fizeres, aqui, tem o sentido de fazer o que é correto, aproximar-se de Deus da maneira certa. No Velho Testamento, essa maneira era a observância da lei e dos sacrifícios, tendo em vista a obra de Jesus que se manifestaria no futuro. No Novo Testamento, é a aproximação de Deus unicamente através de Jesus, submetendo-se ao Seu senhorio, governo e confiando apenas nos méritos da Sua obra realizada em nosso favor. Não é difícil, contudo, verificamos como o homem procurou seguir o caminho de Caim desde o princípio da humanidade. Gn 4:16,17 Caim foi tanto o iniciador da religião como o primeiro a procurar construir uma sociedade à parte de Deus. A expressão "E saiu Caim de diante da face do Senhor" (v.16) nos mostra que Caim optou por afastar-se de Deus, vivendo longe dEle. À partir desse homem, surgiu toda uma linha de seres humanos que não tinham consciência da pessoa de Deus, mas que experimentavam o anseio inconsciente por comunhão com seu Criador, ao qual já nos referimos. Entre essas pessoas temos sem dúvida os primeiros a adorarem os elementos da natureza, seguindo seus corações corrompidos. Rm 1:21-24 Apesar da revelação disponível de Deus na criação, os homens preferiram escolher seus próprios caminhos, marcados pela religiosidade. O fim disso, como o v. 24 demonstra, está sempre em carnalidade e imoralidade. Rm 1:21 "... e o seu coração insensato se obscureceu." O coração do homem foi obscurecido a fim de que perdesse de vista qualquer traço de revelação do verdadeiro Deus e direcionasse o anseio de seu coração para outros seres. 2 Co 4:4 O diabo é o autor desse entenebrecimento dos corações e da transformação desse anseio legítimo num espírito pervertido de religiosidade. At 19:17-20, 27; 2 Co 10:4,5; Ef 6:11,12 Se a ação do diabo é que está por detrás do espírito de religiosidade, precisamos concluir que todas as religiões são de iniciativa diabólica, e que a maneira pela qual podemos combatê-las não é através de debates ou coisas parecidas, mas unicamente através da batalha espiritual, discernindo sua origem satânica e combatendo com armas espirituais, os demônios que estão por detrás delas. "HERESIAS E SEITA" O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos. O interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre "heresia" e "seita".

HERESIA




A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1). 1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões (ou dissensões)", no grego, é schismata, que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis). Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja. No entanto, o uso histórico da palavra "heresia" passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de "heresia" os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã. Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a "negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela". A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã. 1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciados pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2 Ts 2:2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1 Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1 Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como "docetismo", do grego dokein, "parecer", que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma "aparência" de corpo!). Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau". Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos "rudimentos do mundo", citados em Cl 2:8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2:13,15). O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.











SEITA



Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo." Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã. Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos. Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.






Secretaria de Evangelismo e Missões

Um comentário:

  1. vcs estao com o coraçao muito longe de deus pra colhecer a verdade ,estao fazendo comercio da palavras de nosso senhor,vcs tem que começar a falar do amor de jesus por nos ,na verdade e assim que funciona , os pastores deviao ensinar o amor nao e verdade ,mais sao os primeiros a julgar as pessoas falar mal de outras religiao, e isto que acontece,que deus tenha miserircordia de nos humanos

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